12 junho 2013

Especial: Anne Frank

   Há exatamente 84 anos atrás, nascia Annelisse Marie Frank, uma entre o total de 1 milhão de crianças judias assassinadas durante o Holocausto. Nascida a 12 de junho de 1929 em Frankfurt, Alemanha, segunda filha de Otto e Edith Frank.



   Ainda na infância mostrava um grande talento para a leitura e escrevia frequentemente, embora não permitisse aos outros que lessem e se recusasse a discutir o conteúdo da sua escrita. Ela se considerava uma pessoa com opinião, já que sonhava em se tornar uma grande escritora e não viver somente em função de uma vida doméstica.



    Em 1933, chega ao poder Hitler, já conhecido por suas causas. Edith e Otto Frank, compreendem que o seu próprio futuro e o das filhas estava fora da Alemanha. Por isso fugiram para a Holanda nesse mesmo ano; Anne tinha então quatro anos.

(Anne Frank e sua irmã, Margot Frank)

   Durante sete anos levou uma vida despreocupada na relativamente segura Holanda. Mas a Alemanha ocupa o país em 1940, pondo fim à segurança que oferecia. O governo de ocupação começou a perseguir os judeus através da aplicação de leis restritivas e discriminatórias. As medidas anti-semita limitavam cada vez mais a vida dos Frank.
(Margot, Otto, Anne e Edith. A família Frank)


    Quando Anne completou 13 anos de idade, ganhou um caderno para diário, encapado com tecido xadrez vermelho e verde e fechado por um fecho simples, sem chave. Nesse mesmo dia ela escreveu: 

"Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda." (12 de junho de 1942).



    Ainda em 1942, começaram as deportações para os supostos campos de trabalho. Durante a primeira semana de julho, Anne e sua família esconderam-se em um apartamento ao qual Anne se referia em seu diário como o “Anexo Secreto”.

(Vista do anexo pelos fundos, o prédio mais alto. O anexo fica no terceiro e quarto andar)

   Durante o tempo em que ficou escondida, junto com seu diário, Anne começou a relatar o cotidiano no esconderijo onde vivia com os pais, a irmã e mais quatro pessoas. No qual registrava seus diversos sentimentos e como qualquer adolescente, ela descobria sua sexualidade em uma breve fantasia com Peter, outro garoto escondido no anexo. 

"Não poder sair me deixa mais chateada do que posso dizer, e me sinto aterrorizada com a possibilidade de nosso esconderijo ser descoberto e sermos mortos a tiros"escreveu Anne.


(Imagem original do diário)


   Mas ela não perdia a esperança. Queria ser escritora. Por isso, em 1944 ainda no anexo, começou a revisar e reescrever o diário, para uma futura publicação como cartas a uma amiga imaginária, Kitty.



   Na manhã do dia 4 de agosto de 1944, a Gestapo, Polícia Secreta alemã, o esconderijo foi descoberto após receber uma denúncia anônima, e ficaram numa prisão em Amsterdã até o dia 8, quando foram transferidos para Westerbork, campo de triagem para judeus no norte da Holanda. Em 3 de setembro, foram deportados para Auschwitz (Polônia).
   Anne e Margot, sua irmã, foram separadas dos pais e transferidas para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Ambas morreram de tifo em março de 1945, poucas semanas antes das tropas inglesas liberarem o campo, em 15 de abril de 1945.


   O único sobrevivente foi Otto Frank, libertado pelo exército russo e repatriado para Amsterdã, onde recebeu o diário, protegido por Miep Gies. Ele dedicou-se a espalhar as mensagens de sua filha até morrer em agosto de 1980. O livro foi publicado em diversas línguas após o fim da guerra, e ainda é usado em milhares de escolas europeias e norte-americanas. Anne Frank tornou-se o símbolo da perda do potencial de todas as crianças que morreram no Holocausto.



      "Cerca de dez anos depois do fim da guerra, vai parecer esquisito quando se disser como nós judeus vivemos, comemos e conversamos aqui. (...) Não quero ter vivido inutilmente, como a maioria das pessoas. Quero ser de utilidade e alegria para as pessoas que vivem à minha volta e para as que não me conhecem."
Escreveu Anne em seu diário, de certa forma profeticamente.





4 comentários:

  1. Confesso, vergonhosamente, que ainda não li O Diário de Anne Frank, mas não é por falta de vontade viu... Mesmo tendo conhecimento só de algumas citações do livro, elas já me comoveram bastante, eu fico pensando como foi para ela e para tantos outros viver nesse cenário horrível :/ Adorei o post!
    Jéssica - http://lereincrivel.blogspot.com.br/

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  2. Hmmm, parece ser um bom livro, mas estou com o mesmo comentário da Jéssica, ainda não li, mas quero muito ler, já ouvi falar muuuuuuuuuuuito bem do livro!!
    Bjuuuuuuuuus e convido a todos a visitar o aprendendocuriosamente.blogspot.com

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  3. Estou lendo, muito emocionante,principalmente por saber que tudo ali citado foi a realidade de muitos..

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  4. Sou apaixonada por Anne Frank!
    Amei o post.

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