24 janeiro 2017

Resenha: O Caminho Para Casa

   Lexi nem mesmo chegou aos seus dezoito anos e já passou por muita coisa ruim, isso porque antes de sua mãe falecer, era uma péssima mãe devido à seus vícios em drogas, sempre metida com a polícia e diversas vezes atrás das grades. A menina fora criada em orfanatos e passando por diversas famílias adotivas quando não se iludia pelas promessas falsas de mudança de sua mãe.
   A menina se enche de esperança quando sua assistente social - cuja única pessoa a ter um vínculo afetuoso com Lexi - revela para ela que apesar de sua mãe sempre ter dito que não restara família, uma tia-avó havia sido encontrada e estava disposta a cuidar de Lexi.
   Alguns dias após conhecer Eva e se familiarizar em sua nova vida, chega o temido momento de seu primeiro dia de aula na nova escola, e Lexi sabe que irá ser um desastre em fazer novos amigos, mas sua felicidade em saber que tem uma família para voltar, já é mais do que o suficiente para ir.
   Uma garota no meio da multidão de adolescentes atrai sua atenção por sua singularidade, sentada em um canto lendo um livro expressando solidão e fragilidade em seu modo de vestir. Ela se chama Mia, e depois de conversarem por algumas horas, ambas já sabiam que se tornariam melhores amigas.
   Jude, a mãe dos gêmeos Mia e Zach, é uma mãe preocupada e controladora que dedica todo o seu tempo à felicidade de deus filhos, sempre os colocando em primeiro lugar e fazendo o possível e impossível para que nada de errado aconteça, e acolhe Lexi de coração ao saber que ela se tornou a única amiga de sua filha, mesmo pela diferença social.
   Depois de algum tempo de convivência, Zach revela que é apaixonado por Lexi desde o primeiro dia que a viu mas manteve isso em segredo por medo que atrapalhasse amizade dela com sua irmã. Lexi também sempre se sentiu assim e pelo mesmo motivo reprimira essa paixão, mas agora que um sabia dos sentimentos do outro,  não seria mais justo ficarem negando esse sentimento. Mia compreende perfeitamente a amiga e seu irmão e apoia que os dois devem assumir o namoro logo. E assim os três se tornam inseparáveis.
   Mas chega o momento mais tenso para Jude: quando a mãe coruja percebe que os filhos estão crescendo e começando a voar com suas próprias asas. Período de formatura, a difícil escolha e aceitação de faculdade assombram ela, mas sua maior preocupação são as temidas festinhas que os jovens costumam fazer nessa idade, e é numa dessas comemorações de despedidas que todos desse círculo tem suas vidas transformadas.
   Um terrível acidente de carro e álcool tira uma vida e torna o trio inseparável em duas pessoas culpadas, e a partir daí iremos acompanhar o drama e a dor que perda de uma pessoa amada transforma uma pessoa, em como a culpa pode corroer um coração a ponto de abandonar tudo e todos. E é em meio a tantas lágrimas e sofrimento que iremos entrar de cabeça na história que se seguirá a partir daí.


   Antes de começar a leitura desse livro, prepare o seu psicológico e pegue uma caixa de lencinhos porque você vai precisar!
   Quando terminei a leitura de "Por Toda a Eternidade" (resenha aqui) fiquei bem ansioso para ler algo da mesma autora, mas por falta de tempo e oportunidade, fui adiando e adiando. Em uma promoção comprei "O Caminho Para Casa", trouxe para a casa e ficou na estante por alguns meses até as tão esperadas férias chegarem. Olhei para o livro e não poderia deixar de preencher meu tempo livre sem ler algo da autora que me tirou tantas lágrimas uma vez.
    Então comecei a ler...
   Desde o início, o livro foi me cativando a cada página e me envolvendo por completo na história dos personagens. Mesmo no começo onde tudo parecia um eterno romance clichê adolescente, a escrita e narrativa não me deixaram largar o livro e lidando com Kristin Hannah, sabia que a obra não continuaria naquele "mimimi".
   Depois de apresentado o enredo, o ambiente e termos conhecido os personagens a ponto de nos apegarmos a cada um deles, o livro enfim começa a explodir com as tragédias e reviravoltas nos deixando surpresos e sem fôlego!


   A escrita de Kristin Hannah é extremamente fácil e fluída, mas a razão pelo livro ter uma leitura tão angustiante é seu tema. A todo momento o leitor fica se perguntando o que vai acontecer e como determinados personagens irão reagir com tudo aquilo que está acontecendo. Após todo esse questionamento, acontece uma outra explosão na história que deixa o leitor ainda mais surpreso e isso segue até as páginas finais.
   Sem dúvida nenhuma posso dizer que o ponto forte do livro e sua mensagem são os sentimentos envoltos com a morte. Cada sentimento e pensamento é bem especificado, detalhado e nítido, nos dando a impressão de estar ali vivendo e sentindo junto com o personagem. 
Até a próxima Ledores!


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