20 novembro 2015

Resenha: Intergaláctica (Parceria)


   Sinopse: Uma conspiração para controlar o rumo da mais importante expedição espacial da história da humanidade. 3 de Maio de 2031 - No dia de lançamento da aguardada expedição da NASA para explorar a lua de Júpiter, uma das candidatas para habitar vida extraterrestre, a psiquiatra Amanda Collins acorda de um coma após meses batalhando contra uma meningite aguda.Junto com seus pacientes Stryker, Ripley e sua amiga Lina, eles descobrem que fazem parte de um crescente quebra-cabeça envolvendo uma corporação geopolítica underground chamada A Firma, que planeja sabotar a missão, usufruindo de uma nova tecnologia para saquear a nave e destiná-la para um planeta habitável localizado dezessete anos luz da Terra. O quarteto então inicia uma operação para descobrir a verdade por trás da conspiração, mergulhando de cabeça na maior expedição planetária da história da humanidade.

RESENHA
   Nessa ficção cientifica temos o nosso mundo em 2031, com uma nova estrutura social onde somente a terra já não é mais suficiente para suprir as ambições humanas, por isso Oswald é um magnata que construiu seu império custas essa motivação por sempre estar rodeado de poder.
   Em Intergaláctica, a protagonista central da história é sua filha Amanda, que logo nas primeiras páginas a conhecemos como uma criança começando a descobrir as perversidades de seu pai e depois de alguns flashbacks de sua adolescência descobrindo os mistérios e suspeitando das reais intenções de seu pai temos uma Amanda adulta totalmente independente.
   Essa independência foi um ganho difícil a ser conquistado já que após um período intenso e turbulento que teve com seu pai levou a jovem fugir de casa e viver por si só, mas tudo muda quando seu pai descobre seu paradeiro e gentilmente manda agentes armados a abordarem.
   Mas a história do livro é bem distante desse breve resumo, porque em Intergaláctica nós vamos viajar por mundos distintos e exóticos, mundo que tem características das quais jamais poderia imaginar existentes, e quem nos vai guiar por essa aventura é a própria Amanda. 


   A mitologia que o autor criou foi trabalhada e moldada arduamente em vários aspectos e cada palavrinha do livro foi colocada ali propositalmente, resultando assim em um livro rico em muitas informações, e quando digo muitas, são muitas mesmo!
   Se você for um leigo em livros de ficção científica, no início dessa história pode parecer acontecer tudo muito rápido, você começa a página em um cenário e no fim da página já está em outro cenário, outro momento, outro diálogo e com outros personagens, mas quando você se acostuma com o gênero, você percebe que livro em si é cheio de ação e isso passa longe de ser um ponto negativo. 
   Quando você deixa a casca da realidade e entra de cara nas páginas desse livro tudo o que você ler será uma aventura encantadora e mágica, outros planetas e os seres que moram neles são descritos com muitos detalhes que você os consegue imaginar em sua mente perfeitamente, e foi isso o que mais valorizei na escrita de Franco Trotta, que mesmo sendo rápida e cheia de detalhes, consegue transmitir toda essa descrição a galáxia que criou.
      Pra finalizar, Intergaláctica - publicado em 2015 -  é o livro de estreia do autor que já escreveu a sequência do livro com lançamento estimado para o começo de 2016, e que entrou para a minhas lista de recomendação sendo um livro parcialmente filosófico, altas doses de aventura e muita imaginação.

~Sobre o final: NÃO SE ILUDA E NÃO CRIE EXPECTATIVAS PORQUE VOCÊ NUNCA VAI ADVINHAR E ACERTAR O DESFECHO DESSE LIVRO.



11 novembro 2015

Minha experiência com a Trilogia Jogos Vorazes

JOGOS VORAZES
Sinopse: Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surgiu. Formada por 12 distritos é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados lutar até a morte. Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?

   O primeiro livro da trilogia pela qual Suzanne Collins atingiu o seu auge da fama é surpreendente a cada capítulo, te enche de vontade de chorar, de rir, te enche de dúvidas, de medo, dor, angústia, vingança e muita raiva.
   Poucos livros mexeram com a minha cabeça como Jogos Vorazes mexeu... Terminava de ler os capítulos e passava horas pensando, até sonhava sobre isso durante a noite. Como é possível o ser humano fazer umas coisas dessas? Sei que é só ficção, mas lendo dá pra se sentir dentro da história, você se coloca na situação de cada personagem, tenta imaginar como alguns se sentem diante de determinadas situações e você acompanha especialmente o sofrimento e angústia de Katniss.
   Uma coisa que me deixou muito intrigado ao longo do livro foi como a autora não retrata a visão dos familiares de Katniss e Peeta, porque como a trilogia se passa toda em visão da Kat, não temos nenhuma informação sobre como seus próximos estão, então isso te coloca numa situação de muita curiosidade e tristeza, como a família está reagindo a isso? Certamente é difícil imaginar, mas deve ser angustiante se obrigado a assistir um filho/uma irmã (ou até os outros jovens da arena) lutando em busca de sua sobrevivência.
   Essa é a primeira distopia que leio e foi um pouco difícil me acostumar a todo o ambiente e o impacto que o clima de um mundo totalmente "horrível" me trouxe. Achei fantástica essa ideia de divisão por distritos que a autora criou, foi totalmente necessário para o desfecho da história e usar como tema o poder de quem está no governo e fazê-los “vilões” foi uma boa e direta crítica à sociedade e por Suzanne merece o sucesso que teve. Um livro muito bem escrito e trabalhado e uma ótima introdução a um mundo que conheceríamos nos próximos livros.

EM CHAMAS
Sinopse: Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado. A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.

   Para mim, o melhor livro da trilogia!
   Achei que a leitura desse livro seria totalmente chata justamente por ser o segundo volume ~e todos nós leitores conhecemos a maldição do segundo volume~, mas por incrível que pareça foi o livro que mais me prendeu e mais me surpreendeu.
   Esperava uma coisa totalmente nova e diferente, mas não me decepcionei quando percebi que o cenário da trama ainda seria o sangue na arena, porque apesar de nunca sequer imaginar, esse segundo volume traz o clima dos jogos na arena de volta, com o Massacre Quartenário.
   Katniss agora está dia diante de uma nova era: pessoas de todos os distritos então decididos a se rebelarem contra a capital no intuito de mudarem suas vidas, e essa parte do livro retrata fortemente o instinto humano quando se trata de justiça.
   Por ser o segundo Jogos Vorazes que ela será obrigada a participar, agora temos toda a emoção do segundo livro em dobro e com isso, novamente o leitor sofre junto com Kat... Mas apesar de todo o sofrimento ao decorrer do livro, em sua última página somos recompensados com uma descoberta surpreendente que nos enche de esperança.

A ESPERANÇA
Sinopse: Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais lutar... Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo.O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra? Acompanhe Katniss até o fim do thriller, numa jornada ao lado mais obscuro da alma humana, em uma luta contra a opressão e a favor da esperança.

   "Pode-se dizer que esse livro começa com faíscas e vai pegando fogo lentamente."
   Com certeza esse é o livro mais triste de toda a trilogia e também o mais brutal, tanto pela emoção quanto pela violência que ele te traz. Ele foge do tema dos "Jogos" e entra no tema de guerra. Os rebeldes vencerão ou a Capital mais uma vez, destruirá outro distrito e continuará seu reinado. Essa é a pergunta que nos cerca ao longo da leitura.
   Coisas tristes, muitos tristes vão acontecer e nesse ponto da história, já é de se esperar que possíveis personagens dos quais nós mais nos apegamos irão morrer de um jeito ou de outro.

"Que a sorte esteja sempre ao seu favor...”

   Concluindo...
   A trilogia em si é excelente e tem um enredo muito real e bruto, é uma narrativa dolorosa de uma jovem de 16 anos que questiona seus valores e a questão de lutar ou não lutar pelo o que acredita.
   Suzanne Collins escreve de uma maneira muito fácil, e descreve especialmente as sensações que quando se trata de sofrimento e angústia, sem contar que ao ler as cenas de lutas você praticamente se sente dentro do livro tamanha a realidade da escrita.
   Sempre há aquela divisão entre pessoas que gostaram e que não gostaram do final, e eu felizmente faço parte das que não só gostaram, mas amaram! O final foi incrível e particularmente, acho que não poderia ter sido melhor porque toda a história se fechou completamente sem deixar nenhum ponto em branco para trás.