Theodore Finch pode ter todos os defeitos que um adolescente deslocado pode ter: ele é uma aberração nos olhos dos alunos, tem uma lista de amigos que dá para contar nos dedos e lida com as dificuldades assumindo uma personalidade a cada dia, ignorando qualquer tipo de rótulos o persegue... Mas foram seus defeitos que acabaram salvaranddo Violet, quando a encontra na torre do sino da escola prestes a pular.
Ninguém jamais imaginaria quais as intenções de Violet lá em cima, por isso Finch a deixa se passar por heroína quando o assunto da torre circula pela escola. Ela é linda, popular e tem tudo o que uma adolescente gostaria de ter, inclusive uma revista online bastante conhecida que dividia com sua irmã.
Ninguém jamais imaginaria quais as intenções de Violet lá em cima, por isso Finch a deixa se passar por heroína quando o assunto da torre circula pela escola. Ela é linda, popular e tem tudo o que uma adolescente gostaria de ter, inclusive uma revista online bastante conhecida que dividia com sua irmã.
A vida de Violet mudou e ela passou a conviver com a culpa, não se permitindo ser feliz por causa do acidente de carro que tirou a vida de sua irmã, Eleanor. Abandonou a revista, nunca mais dirigiu ou entrou em um carro e deixou de ser líder de torcida.
Ele a escolhe para ser sua dupla em um trabalho de geografia onde a tarefa é andar e visitar pontos turísticos dentro do estado onde moram - na Indiana - com intuito da escola mostrar aos alunos que não precisam viajar por milhas de quilômetros para conhecerem lugares incríveis...
Com essas andanças eles vão se conhecendo pouco a pouco e percebendo que não são únicos, pois pensam e sentem-se da mesma forma. Um sentimento de amizade e amor começam a esquentar lentamente seus corações frios e quebrados até se entregarem um ao outro. A menina que perdeu as esperanças encontra a vontade de viver no menino depressivo que quer se suicidar.
Os dois tinham vidas completamente diferentes antes de se encontrarem naquela torre, mas vêem um no outro a oportunidade de conhecer alguém que se sente da mesma forma.
Jennifer Niver me conquistou logo no primeiro contato que tive com sua escrita. O livro começou com uma história bobinha e saturada, mas conseguiu tornar-se uma das minhas histórias preferidas das tantas que já conheci na vida.
O enredo e o desenvolvimento da história não é completo de clichês como aparenta ser. O relacionamento da menina popular entre o esquisito da turma já está cansativo, sabemos disso, mas no livro, a relutância da menina ao admitir sentimentos pelo esquisitão é bem mais construída e não acontece de uma hora pra outra. Vemos a relação de afeto nascer conforme as páginas, e vai sendo construído pelas minimas atitudes, diálogos e momentos.
A narrativa é alternada de acordo com os capítulos, hora narrados por Finch e hora por Violet. Percebemos o ar poético e depressivo quando ele narra, a autora consegue passar a confusão mental e as dúvidas que ele tem sobre a sua importância pro mundo. Violet ganha nossos corações pelo amadurecimento do começo ao final, nos fazendo identificar com ela pois conseguimos compreender seus pensamentos e sentimentos.
Não se engane pela aparência do livro e por estar dentro do gênero jovem-adulto, esse livro tem seus romances e seus clichês, mas sua densidade abrange algo a mais. Aborda agressão familiar, a falta de atenção dos pais e o principal: é brilhante como o livro trata e faz a reflexão do suicídio nos mostrando quem realmente é a vítima.
Até a próxima Ledores!
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