31 janeiro 2017

Filmes de Janeiro de 2017

    Pra começar o ano bem e aproveitar bastante as férias da faculdade, esse mês dei prioridade aos filmes que queria ver e as indicações que me fizeram ficar curioso. Pega a pipoca e vem que hoje o post é sobre todos os filmes que vi em Janeiro de 2017! Para ler a sinopse, só clicar no nome do filme.

   Comecei o meu ano cinematográfico assim: QUE EXPLOSÃO! Estudo psicologia e esse foi um prato cheio pra poder desenvolver várias filosofias aprendidas com a faculdade. Sendo leigo, é um ótimo filme que explora a mente humana e como tudo tem sua causa. Tudo é detalhadamente calculado antes de ser introduzido e apresentado para nós. Tanto roteiro como a fotografia do filme são simples mas que juntos desempenham a maior qualidade do filme.

   Eu amo qualquer humorista do "Vai Que Cola" e não seria diferente nesse filme protagonizado pela Samanta Schmutz que interpreta a pobre e dramática Selminha, que fica rica do dia pra noite e tem a missão de gastar trinta milhões de reais em trinta dias. Não há muito o que se dizer de um filme de comédia, ainda mais quando o filme é brasileiro - que convenhamos, nós lideramos o mercado de comédia - mas em "Tô Ryca" temos um humor simples e livre de humor negro.

   Totalmente por indicação e na esperança de que esse filme seria tão bom quanto "O Homem Duplicado", acabei me decepcionando um pouco com essa história. O ponto principal do filme é seu plot baseado no mistério e terror psicológico, e com uma trilha sonora maravilhosa, ele cumpre seu papel dando muita tensão ao espectador.


   É um filme definitivamente confuso e que me fez ficar perdido em relação a definir minha experiência ao assisti-lo por causa da sua metáfora. A sua originalidade torna-se referência quando o enredo é envolto por uma história onde é possível remover memórias afim de evitar mais decepções futuras. Roteiro, trilha sonora e a fotografia do filme combinam perfeitamente para deixar uma marca em quem o assiste. Se você for ver esse filme esperando um romance clichêzão, pula pro próximo! Nesse enredo maduro não temos nenhuma princesa à esperara de seu príncipe e o final feliz, e sim o desgaste emocional que um relacionamento causa e como a falta pode insuportável.

   É possível sim projetar a nossa realidade em um filme onde super-heróis coexistam com a humanidade e ainda retratando temas cotidianos para sua abordagem. Baseada e adaptada dos quadrinhos, nos encontramos com um filme fictício que devido a sua grande maturidade nos tira de um mundo fantástico impossível e nos leva para um mundo livre de conto de fadas e de finais felizes. É uma adaptação crua e sangrenta,  que se assemelha ao máximo da nossa própria realidade. Lançado muito antes dos filmes heroicos que temos hoje, ele questiona o real propósito de ser um super herói e satiriza como seu papel pode ser meramente metafórico.

   Vergonha por ter quase vinte e dois anos, amar filmes de ficção científica e nunca ter visto "Efeito Borboleta"? SIM, TOTALMENTE! Esse é considerado um dos melhores filmes do gênero e um clássico quando se fala em viagem no tempo. Não morri de amores mas suas qualidades técnicas me impressionaram: tem um roteiro genialmente bem escrito, uma fotografia que não é pesada e uma trilha sonora até que boa considerando a época que o filme foi lançado. Apesar de um furo na história ter me dado um certo incomodo e de ter demorado muito pra assistir, é um ótimo filme para introduzir os amantes de viagem no tempo!

   Nesse drama temos o mundo da moda produzido com um efeito metafórico e misterioso. A protagonista carrega a beleza divina que os padrões buscam e ao longo do filme é invejada por isso. Claramente é uma crítica a esse mundo e como as pessoas ultrapassam seus limites para chegar nesses padrões. Ao contrário da maioria das opiniões sobre, não achei a trama lenta ou forçada, mas sim contemplativa. As cenas que parecem câmera lenta de tão longas e paradas que são me proporcionaram um tempo para reflexão sobre o que assistia, e toda essa contemplação acaba sendo uma ferramenta importante para o filme se tornar tão metafórico. A fotografia da obra é simplesmente incrível, as cores em tons de rosa e azul neon casam perfeitamente com a intenção do filme.

   Junte um sobrevivente isolado em uma ilha prestes a se matar com o cadáver de Harry Potter que não para de soltar gases que você vai ter um filme que provavelmente vai um dos mais bizarros que já viu na vida. Longe do convencional, temos uma história leve mas com uma profundidade enorme, fica como reflexão o valor de conhecer a si mesmo e o valor da vida. Seria cômico se não fosse trágico, o filme trabalha com duas camadas: a visível e intencional que é a comédia e a filosófica e trágica que é a solidão.

   Ainda é possível existir clichês bons pleno ano dois mil e dezessete? Claro que sim, e esse filme é a prova viva disso. Verão, adolescentes, festa de despedida e ir pra faculdade, já estamos muito habituados com essa junção não é? Mas a simplicidade e a leveza dessa história torna o filme diferente e único, isso porque os elementos considerados clichês são retratados e usados sem nenhum drama pesado e com a intenção de fazer o telespectador cair as lagrimas, tal como a morte; sofrimento por término de namoro, perda da mãe ou pai, etc... A mensagem principal e que mais emociona é o sentimento que uma amizade sincera pode nos proporcionar, como os amigos são importantes para a nossa formação e como eles podem ser nossa segunda família.

   Depois de ler muitas críticas positivas, finalmente conferi esse lançamento do finalzinho de 2016 e considerado um dos melhores do ano. O filme foge do padrão ficção-científica-alienígena-apocalipse-destruição-etc e tem uma abordagem mais ampla com ênfase no valor da comunicação. A inteligência do filme pode fazer o mesmo parecer um estranho aos olhos de leigos - como eu - mas a sagacidade do roteiro e trilha sonora, nos enche de curiosidade para não abandonarmos a história até chegarmos ao clímax e entendermos o filme. A reflexão que mais me tirou pensamentos, foi a de que estamos muito mais perto de seres que não conhecemos do que de nós mesmos. Nos dividimos entre nações e fazemos dos nossos próprios iguais como inimigos, por isso, o valor da comunicação no filme ficou tão intensa e contemplativa.

   Mais um filme pra lista de vergonha em não ter assistido antes! Assim como "Efeito Borboleta", esse filme é ainda mais pioneiro quando se trata de ficção cientifica, já que ele inspirou praticamente todos os filmes sucessores do gênero.  Vou ser muito julgado ao falar isso, mas não gostei tanto do filme quanto achei que fosse gostar justamente por ter demorado tanto para assistir. Deveria ter entrado no mundo das ficções através desse filme e usado suas referências para minhas experiências com outros filmes que viriam em seguir, mas infelizmente o contrário aconteceu. Sobre as qualidades técnicas, está tudo muito bem produzido levando em conta a época em que o filme foi executado.

   Posso chorar em paz até meus olho secarem? Todo filme que envolva doença e morte pode até ser considerado clichê sim, mas esse supera esse rótulo e quebra tabus para leigos do assunto. A história é centrada em nos mostrar como o vírus da AIDS começou a se propagar nos Estados Unidos no ano de 1981, tendo a maioria dos portadores sendo os homossexuais. A doença apelidada de "câncer gay" não recebe muita importância do governo e é por isso que um grupo de amigos resolvem formar uma organização de assistência para os infectados. O filme nos mostra de uma forma emocionante como a doença deixou dúvidas nas pessoas; as amedrontou em relação a seus próprios desejos; interferiu de maneira muito triste em seus relacionamentos; enfim, sobre como foi o início da doença. Sem dúvidas esse foi um dos melhores filmes do mês e provavelmente será um dos melhores do ano. Além de contar com um elenco em peso - como Mark Ruffalo e Julia Roberts - a história é sensível, emocionante e muito intensa. Prepare sua caixinha de lenços antes de dar play no filme porque ele vai te fazer derramar algumas lágrimas!

   Como seria se o próprio Hitler acordasse na Alemanha nos tempos de hoje? Como um amante de Anne Frank e qualquer assunto que se assemelhe a "judeus na Segunda Guerra Mundial", particularmente senti muita aversão ao ver esse filme. O seu poder de reflexão é enorme devido a sua sátira de usar uma figura dolorosa para provar um argumento que estamos cansados de saber: ainda há muitas chances de monstruosidades como as do passado acontecerem novamente. Não tenho pretensão em assistir o filme de novo pela aversão que senti ao assisti-lo.

   Como foi uma indicação, já sabia que de romance feliz essa história não teria nada, então aconselho quem for ver esse filme se preparar psicologicamente pra ver as dificuldades do relacionamento de um casal que não estavam destinados a ficarem juntos. As atuações de Ryan Gosling e Michelle Williams estão impecáveis e muito bem dosadas nas cenas em que era necessário uma paixão e nas cenas que eram necessário frieza. O filme é todo intercalado entre presente e passado, aumentando a tensão e curiosidade cada vez mais em saber onde tudo começou a desgastar na vida do casal. 

Esses foram os favoritos do mês:

   Algumas histórias me cativaram mais do que outras e levaram um favorito, mas no geral todos os filmes possuem ótimas qualidades técnicas e são maravilhas dentro de seus gêneros. Espero que aproveitem as indicações, afinal, teve opção pra todo o gosto!
Até a próxima Ledores!

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